Um conto - uma crônica
Mesmo diante das homenagens aos que partiram, as pessoas não são capazes de raciocinar sobre a fragilidade e a circunstância trágica do ser humano, esquecidas de que não vieram ao mundo a recreio, nem para cultivar o desamor. Começa-se no egoísmo e no orgulho, as maiores chagas da humanidade, até se atingir um nível insuportável de violência, a grande mancha que enodoa e aflige.
No Sermão da Montanha, Jesus disse: Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. O Divino Mestre falava da afabilidade e da doçura, virtudes essenciais que andam em falta, na sociedade atual. Nosso ser espiritual precisa de boas vibrações, precisa da doçura para ser feliz, detalhes que só entendem os que cultivam a ética e a dignidade. Isto porque se acostam à caridade moral, à benevolência sempre tão necessária entre os homens, no momento em que entendem que "a afabilidade é a caridade no trato pessoal", segundo nos ensina André Luiz.
Façamos uma reflexão: Os meios de comunicação vêm contribuindo para a Paz, ou têm dado mais destaque às coisas negativas que às positivas? Estamos sendo afáveis e compreensivos uns com os outros? Estamos ajudando na divulgação do Bem?
O fato é que precisamos mudar o mundo, mas não sabemos como.Somos criaturas tão rebeldes que não atendemos ao convite do amor. Estamos todos correndo atrás do melhor, sob a égide da competição. Estamos nos envolvendo demais com os bens materiais, o consumismo, certamente esquecidos de que nada disso é eterno.
Fátima Araújo
Jornalista
Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 03/11/2015
Acalanto
Caderno 2 C 3
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