Um conto-uma crônica
Mais uma vez chegamos ao período do Carnaval.Com todas as dores e sofrimento, o brasileiro veste-se com a fantasia da alegria, e, verdadeiras multidões vão para os clubes, ruas e praças com uma folia contagiante. Sabemos que são poucos os clubes que ainda realizam bailes carnavalescos.Mas sentimos que aos poucos esse tipo de carnaval vem novamente ganhando força. O exemplo disso é o próprio "Vermelho e Branco", tradicional baile do Clube Cabo Branco, que aqui em João Pessoa, havia por alguns anos, sumido do calendário das prévias carnavalescas, contudo, agora retorna com muito prestígio.
No Estado de Pernambuco, encontramos um carnaval tradicional e também com muita diversidade de ritmos. No Recife, no Sábado de Zé Pereira ocorre o desfile do maior bloco de rua da mundo, "O Galo da Madrugada". No Recife antigo, por sua vez, em meio aos seus casarões passam orquestras puxando blocos, com inúmeros foliões fantasiados e sob o som do frevo, maracatu e marchinhas contagiam todos que por ali vão para brincar. Na vizinha Olinda, também ainda existe a força do histórico Carnaval que leva multidões, no sobe e desce das ladeiras centenárias, todos regidos pela embriagante força do frevo.
A Bahia, o Maranhão, o Rio de Janeiro, São Paulo, enfim, todos os outros estados possuem suas peculiaridades locais. O Carnaval é uma folia que tem a cara do Brasil. É viável o Carnaval democrático, com a mistura de ritmos, no entanto, é de extrema importância que se preservem as características dos carnavais de cada localidade.
Que o Carnaval traga não só samba, axé, frevo, maracatu, rock e até sofrência, mas acima de tudo alegria renovadora das nossas energias para continuarmos a luta de longa estrada da vida. É possível varrer da avenida corruptos e reacender a dignidade, a esperança, a paz e a fé em dias melhores.
Onaldo Queiroga, Juiz de Direito
Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 6 de fevereiro de 2016
Opinião
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