cantinho da paz
Contam que numa carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas para ajustar suas diferenças. O martelo exerceu a presidência, porém a assembléia o notificou que tinha que renunciar.A causa? Fazia demasiado ruído.E, ademais,passava o tempo todo golpeando e fazendo barulho.
O martelo aceitou sua culpa, porém pediu que também fosse expulso o parafuso; o parafuso disse que tinha que dar muitas voltas para que servisse para alguma coisa.Diante do ataque, o parafuso aceitou também, porém, por sua vez, pediu a expulsão da lixa.Fez ver que era muito áspera em seu trato e sempre tinha atritos com os demais. E a lixa ficou de acordo, com a condição de que fosse expulso o metro que sempre passava medindo aos demais segundo sua medida, como se fora o único perfeito.
Nesse momento, entrou o carpinteiro, pôs o avental e iniciou seu trabalho.Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente e após horas de trabalho, a grosseira madeira inicial se converteu num lindo móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia retomou a deliberação. Foi então quando tomou a palavra o serrote, e disse: "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, porém o carpinteiro trabalha com nossas qualidades.Isso é que nos torna valiosos. Assim que não pensemos em nossos pontos negativos e nos concentremos na utilidade dos nossos pontos positivos".
A assembléia então chegou à conclusão que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para afinar e limar asperezas e observaram que o metro era preciso e exato.
Se sentiram então uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Se sentiram orgulhosos de suas forças e de trabalhar juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos.
Brígida Brito
Médica e terapeuta de regressão
Publicada no jornal Correia da Paraíba
Edição de 11 de julho de 2016
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