segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Onaldo Queiroga - Como Tratamos Os Idosos?

Jovens acreditam que sempre continuarão repletos da energia inerente dessa fase da júbilidade. Sob essa inspiração jovial, eles são irreverentes, muitas vezes inconsequentes e às vezes com indiferença em relação aos mais velhos

Isso significa uma arrogância revestida de equivoco inconcebível e mortal, pois a história tem demonstrado que jovens que convivem e aceitam orientações dos mais experientes se mostram com mais possibilidades de vencerem na vida, não só no aspecto profissional, econômico, mas acima de tudo na seara espiritual. O fato é que olhamos para os idosos e logo imaginamos que para eles só há um tempo, o passado. Ora, eles foram outrora realmente jovens, viveram com exuberância esse tempo passado, mas, o aspecto de serem da boa idade hoje, não significa que não existam no tempo presente.

Pelo contrário, estão vivos, maduros, experientes e prontos para continuarem vivendo com plenitude as coisas boas da vida. Contudo, infelizmente a realidade é bem diferente. O que se verifica são situações onde os mais velhos são submetidos aos mais diversos constrangimentos.

Muitos são abandonados. Alguns conseguem abrigos, onde dividem os dias e as noites com outros que vivem sob a mesma situação. Um passo para a solidão, prima irmã da depressão. Não foi à toa que Paolo Mantegazza certa vez afirmou: "A infância é a idade das interrogações, a juventude a das afirmações,  a velhice a das negações". 

Victor Hugo afirmava;"Quarenta anos é velhice para a juventude , e cinquenta anos é juventude para a velhice". É preciso repensar nossa conduta com relação aos idosos.Devemos ser gratos, tratá-los com amor. Como dizia Cícero: "Os homens são como os vinhos:a idade azeda os maus e apura os bons". O fato é que o amor advém de Deus e traduz vida. Viva nossos idosos! 

Onaldo Queiroga
Juiz de Direito

Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 06 de agosto de 2016
Opinião

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