terça-feira, 2 de maio de 2017

Carlos Romero - Ninguém Abraça De Braços Abertos


Ainda em clima de Páscoa, quando se falou muito na Paraíba, na Ressurreição, não poderíamos deixar de lembrar do amor ao próximo, tão enfatizado no Evangelho.

E não dá para falar em amor ao próximo sem lembrar de caridade. Foi dito que a caridade é o sentimento máximo de amor. Daí o slogan espírita: "Fora da caridade não há salvação".

Mas como podemos definir caridade? Se eu der um pão a um cachorro, estaria praticando caridade? Acho que não. Teríamos aí um sentimento de misericórdia.

Caridade é amor, amor ao próximo, ao semelhante. É colocar-se no lugar do outro. Lembram-se da parábola do samaritano, contada por Jesus? Em que um homem descia para Jericó e no caminho foi assaltado por bandidos? Mais adiante, passava por ali um samaritano e condoeu-se da situação. Não pensou duas vezes e tratou dos ferimentos da vítima, chegando a levá-lo para uma hospedaria.Acontece que, antes, passaram pelo mesmo lugar dois religiosos e nem sequer demoraram a vista na vítima.

Fez bem a Doutrina Espírita erigindo como máxima, "Fora da caridade não há salvação". Paulo de Tarso, o iluminado de Damasco, gritou que a caridade é o sentimento máximo.

A Doutrina fez bem em estabelecer como máxima, "Fora da Caridade não há salvação",

Mas a lição mais difícil ensinada pelo Evangelho é "amar ao próximo como a si mesmo". Será que amamos ao próximo como a nós mesmos?

Outrora, o slogan "Fora da caridade não há salvação", era lido em vários locais da antiga Federação. Que o atual presidente Marco Lima restaure a bela frase. Como a Doutrina espírita é ecumênica...

Concluo lembrando o significativo slogan espírita. "Fora da Caridade não há salvação". Caridade, que é amor ao próximo, nada mais é do que o nosso grande teste de amor.

Gostaria de ter perguntado a Jesus, por que morreste de braços abertos? Ele, sem dúvida, responderia: "Ninguém abraça de braços fechados".

Carlos Romero . De Academia Paraibana de Letras

Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 18 de abril de 2017
Opinião


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