Sabemos que todos os dias atravessamos dificuldades e não adianta baixar a cabeça diante das adversidades, por maiores que sejam. Vivemos num tempo em que as tragédias são veiculadas intensamente na mídia, ou seja, são notícias sobre desastres naturais, terrorismo, guerras e famílias aniquiladas, um verdadeiro bombardeio diário que deixa qualquer cidadão com uma preocupante carga negativa e depressiva.
De outro lado, é sempre bom lembrar o filósofo Platão, que ao sonhar com uma sociedade ideal, dizia que conhecia um Estado pela música que os governantes entregavam ao povo. Verdade Platão. Nada é refratário, impune e insubmisso. Não se enganem, pois esse lixo sonoro e conceitos destorcidos que massivamente estão sendo veiculados, estão combalindo nossa sociedade.
Querer dizer que a música não influencia o comportamento de vida de um povo é pensar que somos idiotas. Agora, o que realmente há por trás de tudo isso? Hoje as letras das canções são pobres, cultivam, com um tom ativista, a bebedeira, a desvalorização da mulher, a prostituição e a violência. Assistimos e aceitamos pacificamente, porém, é preciso reagir, antes que acabem de vez com nossa cultura.
Não podemos colocar tudo isso debaixo do tapete, na vida tudo tem que ter equilíbrio e limite. Se só ouvimos e assistimos, sistematicamente coisas ruins, então, nosso cérebro absorve esses padrões vibratórios que ficarão guardados no nosso eu e, em um dado momento de dificuldade na vida, serão capazes de nos conduzir a praticar atos incompatíveis com o nosso proceder.
Mas, num mundo de desencontros é preferível continuar pensando positivo, andar com fé em Deus que nos levará a continuar com a alegria e a esperança de abraçar dias repletos de paz.
Onaldo Queiroga. Juiz
Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 17 de fevereiro de 2018
Opinião.
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