quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ary Fontoura


 Ary Fontoura
Com 55 anos de carreira, o veterano ator viveu personagens que estão na memória do público.A arte de representar fez parte da vida de Ary Fontoura desde a infância. Quando criança, ele gostava de imitar as pessoas e já criava cenas teatrais. E quis o destino que, em 1961, ele tivesse a chance de participar de um episódio da primeira série feita no Brasil para a TV, o clássico, O Vigilante Rodoviário (1961). Como havia muito preconceito naquela época em torno da carreira de ator, Ary chegou a cursar Direito, mas abandonou a faculdade no último ano para abraçar seu grande sonho na dramaturgia.

Casa Nova 

Buscando outras oportunidades, Ary mudou-se para o Rio de Janeiro e, depois de enfrentar muitas dificuldades, ganhou o primeiro grande papel na TV, no seriado Rua da Matriz (1965).

 Passo dos Ventos (1968), 

Sua primeira novela, aliás, foi Passo dos Ventos (1968),  de Janete Clair e. a partir de então, fez cerca de 40 tramas na Rede Globo.De lá pra cá, trilhou um caminho repleto de importantes trabalhos que o consagraram como um grande ator. Com personagens cômico, românticos ou malvados, ele conquistou a admiração dos fãs de novelas. Relembre os principais papéis do ator.

 Assim na Terra como no Céu (1970)

O talentoso artista também derrubou muitas barreiras, como quando interpretou o costureiro Rodolfo Augusto, de Assim na Terra como no Céu (1970), uma das primeiras representações de homossexuais na telinha.

Papeis de destaque

 O Cafona (1971)



Em sua terceira novela - e muito bem caracterizado - Ary deu vida a um ex-hippie apelidado de Profeta.


O Espigão (1974)



Em 1974, Ary interpretou um personagem que colecionava mechas de cabelos de mulheres como forma de compensar a repressão sexual da época: Baltazar Camará, da trama O Espigão (1974)


Gabriela (1975)


Já na primeira versão do sucesso Gabriela (1975), deu vida ao Dr. Pelópides ( e mais de 30 anos depois, integrou o remake do folhetim e, dessa vez, no papel de Coriolano).


Saramandaia (1976)

Em 1976, o ator também fez bonito na pele do professor Aristóbulo Camargo na clássica trama Saramandaia (1976).Ary viveu o professor Aristóbulo Camargo, que virava lobisomem em noite de Lua Cheia e passou dez anos sem dormir.




Emendando trabalhos



Dancin'Days (1978)



Seu personagem era Ubirajara, um milionário que viveu um romance com Júlia Mattos (Sônia Braga) uma ex-presidiária.


O pão duro
Amor com Amor se Paga (1984)



Era o "pão-duro" Nonô Correia, que vivia brigando com sua família para que economizassem.Um dos personagens que marcou a carreira de Ary foi o sovina Nonô Correia, de Amor com Amor Se Paga (1984) inspirado em O Avarente, de Molière, Nonô era tão pão duro que guardava o jornal para ler várias vezes e não precisava comprar todo dia. Até hoje Ary Fontoura conta que é 'confundido' com o personagem. "Se eu tivesse que mudar de nome, seria Nonô Correia. Foi o papel mais popular que eu já fiz na TV", acredita o astro.

E o sucesso continua... 


Lucinha Lins, Eloísa Mafalda e Ary Fontoura em Roque Santeiro (1985)



Outras atuações marcantes, também caracterizadas por seu talento cômico, têm destaque na trajetória do ator. Um bom exemplo é o prefeito de Asa Branca que lucrava com a exploração da imagem do falso santo milagreiro. Florindo Abelha, de Roque Santeiro (1985). "Guardo muitas lembranças do Dias Gomes (autor). Eu era o ator preferido dele", relembra Ary.


Bebê a Bordo (1988)



Na trama de Carlos Lombardi, o ator interpretou o grande rabugento Neor Petráglia.


Tieta (1989)


Era o coronel Artur da Tapitanga. Abrigava as meninas pobres da cidade - as "rolinhas" - em troca de favores sexuais. 




Deus nos Acuda (1992)



Ele interpretou Félix, um amigo de longa data da família Bismarck que a alertou sobre muitos perigos. Era uma espécie de "faz-tudo" e fiel escudeiro de Ricardo (Edson Celulari).


A Viagem (1994)


Interpretou Tibério, um funcionário público que tinha um amigo imaginário. Era apaixonado por Estela (Lucinha Lins).




Vira-Lata (1996)



Era Aurélio, um vovô romântico que sempre procurava manter a sua fama de playboy. Era apaixonado por Stella (Glória Menezes), uma ricaça que nunca se acertou com seus amores.


A Indomada (1997)



Deu vida ao corrupto deputado Pitágoras Williams Mackenzie. Este papel rendeu vários prêmios ao ator e voltou na novela Porto dos Milagres (2001).

Chocolate com Pimenta (2003)


Era o milionário Ludovico, dono da famosa fábrica de chocolates que ajudou a pobre Aninha (Mariana Ximenes).



Sítio do Picapau Amarelo (2005)


No programa infantil da Globo, baseado na obra de Monteiro Lobato, ele fez coronel Teodorico, o manda-chuva do Arraial dos Tucanos.

Depois vieram tramas como Plumas e Paetês, o Sítio do Picapau Amarelo (2005), Joga da Vida, Paraíso, Guerra dos Sexos


Amor na terceira idade

Sete Pecados (2007)



Nos anos 2000, ele roubou a cena junto com a atriz Nicette Bruno, em Sete Pecados, de Walcyr Carrasco, vivendo um romance na terceira idade. Interpretou o rico Romeu, que viveu uma linda história de amor com Juju (Nicette Bruno) no melhor estilo Romeu e Julieta.

 
A Favorita (2008)

Já em 2008, arrasou no papel de Silveirinha, em A Favorita (2008) de João Emanuel Carneiro.O misterioso mordomo intriga os telespectadores. Ele traiu sua patroa, Donatela (Cláudia Raia) para ficar ao lado da vilã Flora (Patrícia Pillar).



No ano seguinte fez Cara e Bocas ((2009)
Jacques Michel Conti, onde interpretou o milionário Jacques.


Em 2011, participou de Morde e Assopra (2011), como o prefeito falido Isaias Zazá  Junqueira, casado com a fútil Minerva (Elizabeth Savalla).

Parcerias perfeitas

Elizabeth Savalla e Ary Fontoura em Eta Mundo Bom!(2016)

Completando 55 anos de carreira, Ary Fontoura vive agora o Quinzinho, em Eta Mundo Bom!. Além de ser sua sétima novela do autor Walcyr Carrasco, o ator contracena, mais uma vez, com Elizabeth Savalla. "A gente se conhece tão bem que não dá nem para tapear um ao outro. Sinto que sou parte dela e, ela, de mim. Conheci a Savalla quando começou, em Gabriela", comemora.

Na telinha  

1961 -  O Vigilante Rodoviário
1965 - Rua da Matriz
1968 - Passos dos Ventos
1970 - Assim na Terra como no Céu
1971- O Cafona
1974 - O Espigão
1976 - Saramandaia
1978 - Dancin'Days
1982 - Deus nos Acuda
1984 - Amor com amor de Paga
1985 - Roque Santeiro
1988 - Bebê a Bordo
1989 - Tieta
1994 - A Viagem
1996 - Vira-Lata
1997 - A Indomada
2001 - Porto dos Milagres
2003 - Chocolate com Pimenta
2005 - Sítio do Picapau Amarelo
2007 - Sete Pecados
2008 - A Favorita
2009 - Caras e Bocas
2016 - Eta Mundo Bom!

Artigo de Giovana Sanches

Publicado na revista Guia da TV

Fotos: Globo/Divulgação - astrosemrevista.blogspot.com.br - memoriaglobo.globo.com-canalviva.globo.com



Texto: Núcia Ferreira

Publicado na revista TV Brasil n/n 831

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