quinta-feira, 24 de abril de 2014

José De Abreu

José de Abreu
Veterano comemora 35 anos de carreira na TV com papel em A  Regra do Jogo
José de Abreu
Bagagem de vida é o que não falta a José de Abreu, que - antes de dar início a sua carreira de ator - trabalhou em São Paulo como assistente de laboratório e office-boy, além de cursar Direito. Também foi militante político nos tempos de estudante e, por conta disso, acabou exilado durante a ditadura militar, vivendo na Europa entre 1968 e 1974. De volta ao Brasil, Jose deu aulas de interpretação no Rio Grande do Sul, onde passou a viver até conquistar o seu espaço no mundo artístico. Aliás, é na telinha que a trajetória deste grande ator foi ascendente, com direito a muitas passagens memoráveis.Relembre!


As Três Marias - 1980

José de Abreu
Logo na estreia da novela, "As Três Marias", José de Abreu interpretou Leonel e pôde exercer o que considera seu melhor papel na vida real: ser pai.

TiTiTi - 1985


José De Abreu
Ao lado de Lúcia Alves (Nicole) o ator se divertiu em TiTiTi, a primeira trama que lhe deu a chance de fazer humor
Na pele de Chico - fiel escudeiro de Ari (Luiz Gustavo)-, ele deu um show na primeira versão de TiTiTi. Atrapalhado e carismático, Chico era uma espécie de 'faz tudo' e chegou até a se infiltrar no atelier de Jacques Leclair (Reginaldo Faria) para espionar - e sabotar - os projetos profissionais do arqui-rival de seu patrão.


Anos Dourados - 1986

José de Abreu no elenco de Anos Dourados
O ator mostrou ainda mais talento em um papel dramático na minissérie Anos Dourados, dando vida ao Major Dorneles. Casado com Beatriz (Nívea Maria), ele viveu um tórrido romance extraconjugal com Glória (Betty Faria), relação esta que deixou o militar muito dividido entre suas duas mulheres.

O Outro - 1987

José De Abreu

Genésio, da novela "O Outro" , representou um duplo desafio, além de atuar, ele também dirigiu

História de Amor - 1995

José De Abreu]
Na novela "História de Amor", como Daniel, teve dificuldade de beijar Maria Ribeiro, amiga de seu filho.
Em História de Amor, exibida em 1995, José de Abreu interpretou o médico Daniel, sócio do protagonista Carlos (José Mayer) e de Sheila (Lília Cabral) em uma clinica. No grande sucesso de Manoel Carlos, ele era apaixonado pela colega de trabalho e, mesmo sem ser correspondido, jamais perdeu a esperança de um dia conquistar Sheila.


A Indomada - 1997


José De Abreu

Na novela "A Indomada", criou vários bordões para o delegado Motinha.

Força de um Desejo - 1999


José De Abreu
Na novela "Força de um Desejo" lhe rendeu uma careca 'ridícula', como define.

Senhora do Destino - 2004


José De Abreu

Como Josivaldo, o vilão da novela "Senhora do Destino", levando Angélica (Carol Castro) ao altar. José de Abreu defendeu um vilão bem cafajeste: o repugnante Josivaldo, que, além de ter abandonado Maria do Carmo (Susana Vieira) com quatro filhos pequenos, ainda teve a audácia de voltar a procurá-la 20 anos depois, quando descobriu que a ex-esposa havia enriquecido. 


Desejo Proibido - 2007


José de Abreu, Fernanda Vasconcelos e Murilo Rosa na novela Desejo Proibido 






Caminho das Índias - 2009




José De Abreu

A novela "Caminho das Índias" o levou à Asia para estudar como agia um pandiat.



Avenida Brasil - 2012


Cauã Reymod e José De Abreu

Numa das situações memoráveis em Avenida Brasil.Como o personagem Nilo,  foi um marco em sua carreira na TV.
Na galeria de trabalhos do artista na TV não faltam sucessos.Mas, sem dúvida nenhuma, seu maior destaque foi o 'velho' Nilo, do fenômeno Avenida Brasil. Na história, ele explorava crianças que viviam no lixão onde morava. Ao contrário de Mãe Lucinda (Vera Holtz), Nilo não tinha o menor escrúpulo e o seu maior prazer era humilhar e maltratar os pequenos.




Joia Rara - 2013


Mel Maia e José De Abreu
Na novela "Joia Rara"(2013), emociona o público como o Ernest, que se derrete por Pérola (Mel Maia). 


 O Rebu -  2014



Jose de Abreu e Tony Ramos na novela O Rebu 


A Regra do Jogo - 2015


Marco Pigossi e José de Abreu em A Regra do Jogo
José de Abreu foi presenteado com mais um personagem de peso. Seu Gibson Stewart começou 'morno' na trama de A Regra do Jogo, mas surpreenderá o público ao se revelar como o grande chefe da facção criminosa.

Na telinha

1980 - As Três Marias
Leonel
1985 - TiTiTi
Chico
1986 - Anos Dourados
Dorneles
1990 -  Pantanal
Gustavo 1997 - O Outro
Genésio 1995 - História de Amor
Daniel Velodo
1997 - A Indomada
Delegado Motinha
1999 -  Força de um Desejo
Pereira 2002 - Desejo de Mulher
Bruno Vargas
2004 - Senhora do Destino
Josivaldo
2009 - Caminho das Índias
Pandit
2012 -  Avenida Brasil
Nilo
2013 - Joia Rara
Ernest
2015 - A Regra do Jogo
Gibson

José De Abreu comenta seus principais trabalhos na telinha:

As Três Marias: (Globo, 1980) de Wilson Rocha e Walther Negrão:
"Tinha uma carreira em Porto Alegre. Fazia cinema, música e viajava com teatro pelo interior, quando Roberto Talma me convidou para trabalhar na Globo. Essa novela marcou minha mudança para o Rio. Na mesma época, fiz estágio de direção com o Herval Rossano, queria compreender o funcionamento da TV".

TiTiTi (Globo, 1985), de Cassiano Gabus Mendes: "Tive as portas abertas para o humor. Chico, meu personagem, virou sinônimo de paulista. Meu filho passou a ser chamado assim na escola, sem que soubessem que eu era o pai. Ele tinha sotaque. Contracenei com o Luís Gustavo e fizemos uma dobradinha tão boa que nos lembramos dos fatos até hoje nos bastidores da novela Joia Rara". 

O Outro ( Globo, 1987) de Aguinaldo Silva: "Consegui um fato raro para a época: fiz o Genésio e também dirigi a novela. O convite veio do Ricardo Waddington, que perguntou se eu não queria desenvolver ao lado dele o que aprendi. Fui e dei conta".

Pantanal (Manchete, 1990) de Benedito Ruy Barbosa: "Durante a novela  "O Primo Basílio" (1988) na Globo, tinha contrato como ator, diretor e produtor. Quando a minissérie terminou, ficou um vazio enorme. Foi quando Jayme Monjardim me convidou para ir para a Manchete fazer Pantanal. Aceitei! Meu personagem era urbano e logo sumiu da trama. Jayme, então, me disse para sair da novela e entrar na minissérie "O Canto das Sereias" (1990), gravada em Fernando de Noronha. Fui e fiquei por lá durante seis meses até ele me chamar para gravar. Acabei me envolvendo com política na região. Morei no paraíso bancado pela emissora.

História de Amor (Globo, 1995), de Manoel Carlos:"Daniel Veloso era chique, bonito, bonzinho e rico. Foi meu último galã, porque depois descobriram o vilão em mim e não teve jeito. No final, meu par romântico era Maria Ribeiro, amiga do meu filho. Quem disse que eu conseguia beijá-la na boca (risos)? Meu personagem usava suspensório e eu aderi, mas sem a calça alta, larga e com prega, tão cafona (riso)!"

A Indomada (Globo, 1997), de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares: "Como era realismo fantástico, tive a chance de fazer uma construção de personagem boa. Falávamos inglês com sotaque pernambucano, assim criei vários bordões para o delegado Motinha. Assumi o papel às pressas, no lugar do Hugo Carvana, que teve problemas de saúde. O figurino já estava pronto e usei a calça dele, que ficou curta! Aproveitei a gafe para criar um novo jeito de andar".

Força de um Desejo (Globo, 1999) de Gilberto Braga e Alcides Nogueira: "O Pereira foi uma participação, mas marcou como exercício de caracterização. Raspei a cabeça, mas o corte deixava cabelo nas laterais. Ficou ridículo! Destruí a pessoa para construir o personagem".

Desejo de Mulher (Globo, 2002), de Euclydes Marinho:" Bruno Vargas era 'comedor'. Casado com Regina Duarte (Andréa), se envolvia com as personagens de Alessandra Negrini (Selma), Mariana Lima (Antônia) e Mel Lisboa (Gabriela), imagina. Foi a época em que Denis Carvalho proibiu os atores de entrarem no estúdio com o roteiro. Foi uma loucura, porque muitos atores o usavam como 'muleta'. O refresco era aos sábados, folga do Dennis. Mas ele aparecia para dar incertas(risos)".

Senhora do Destino (Globo, 2004), de Aguinaldo Silva: "Josivaldo era amoral e cara de pau. Na casa da Maria do Carmo (Susana Vieira), conviviam os três Zés: Mayer (Dirceu), Wilker (Giovanni) e eu. Havia cenas com mais de 15 atores, era difícil fazer! Quando alguém errava e tinha de parar a gravação, todo mundo olhava para o Dado Dolabella (Plínio)! Mesmo quando não era ele (risos)."

Caminho das Índias (Globo, 2009), de Gloria Perez: "Gosto de lembrar a alegria nos bastidores, que reunia gente como Tony Ramos (Opash), Eliane Giardini (Indhira) e Laura Cardoso (Laksmi). Tony é piadista, brincávamos muito! Não gravei na Índia, mas fui lá saber como atua um pandit. Já tinha estudado  o hinduísmo quando era hippie e morava em Londres."


Avenida Brasil (Globo, 2012), de João Emanuel Carneiro: "Nilo me permitiu fazer tudo o que não pude em 30 anos de Globo. Sou teatral e isso está fora de moda, porque a interpretação passou a ser contida, minimalista e interior. Tive a ideia da risadinha como uma forma de mostrar a maquiagem para os dentes, que levava horas para ficar pronta. Estourou! Passaram a dizer que meu personagem era uma árvore de Natal, cabia de tudo. Ganhei todos os prêmios, menos o do Domingão do Faustão (risos)!

Por Bia Amorim e 

Daniel Vilela

Publicado na revista Minha Novela
Edição nº 761 04 de abril de 2014.
X-Tudo Memória
e Tititi
Edição de 02/10/2015
José de Abreu
e TV Brasil n/n 821


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