Os Filmes De Brad Pitt

Ator de grande nobreza

 Brad Pitt

Um sinônimo de celebridade engajada e respeitada

Foram anos de ralação e muita perseverança e, neste período, segunda metade dos anos 1980, Brad Pitt era constantemente desestimulado por pessoas próximas, que o aconselhavam a desistir do seu sonho de tornar-se um ator de sucesso, um astro. De alguma maneira, os amigos não estavam sendo desonestos com Brad, que naquela época sobrevivia na Califórnia com subempregos, motorista ocasional, carregador de refrigerantes, sempre bem distante dos holofotes da fama.

Brad Pitt sabia que havia abandonado uma possível carreira de jornalista e publicitário em Oklahoma, cidade na qual nasceu, para realizar seu sonho. Assim, com a ajuda de sua bela aparência e dotes físicos, as primeiras portas se abriram. O ator era chamado constantemente para fazer figuração em programas de TV e algumas pontinhas no cinema.

Thema e Louise 

O ano de 1989 parecia que seria igual aos últimos cinco anos (vivendo de bicos e aparições esporádicas na TV e no cinema), mas, após a desistência do ator William Baldwin, que declinou de participar do filme Thelma e Louise, apareceu finalmente uma oportunidade do então dublê de ator, Brad Pitt, que fez de verdade um papel de destaque no cinema.

Não deu outra! Sua beleza juvenil e viril em cenas calientes com as atrizes Susan Saradon e Geena Davis o tornaram visível. Depois que o longa estreou com enorme sucesso de público e crítica, o mundo descobriu, de vez o jovem ator. Em seguida, veio o convite do também ator e diretor Robert Redford para Pitt protagonizar o belo e subestimado filme "Nada é Para Sempre". O sonho, finalmente, estava sendo alcançado, ele era um astro de Hollywood, mas com uma diferença: o rapaz pensava e tinha muita personalidade. 

 Brad Pitt

No filme "Thelma e Louise", filme que o lançou ao estrelato.

 Brad Pitt

Pequena participação no filme "12 anos de Escravidão", produzido por Brad Pitt e ganhador do Oscar de Melhor Filme neste ano.

Estrelato

Mesmo sendo inteligente, ele teria que se submeter à indústria do cinema. As portas estavam abertas, mas  a indústria que queria investir alto naquele jovem, já tinha planos trilhados para ele, colocá-lo em filmes de grande produção e sem risco , por isso necessitavam apenas de um galã. Brad se viu em produção de enorme sucesso de público que renderam muito dinheiro para os estúdios e para ele também. Nada, no entanto, acrescentava em sua outra ambição, a de virar um ator sério e respeitado pela crítica.

Pequenos papéis 

Quem vem acompanhando o astro nesses 25 anos de carreira pode atestar que mesmo em suas escolhas duvidosas, ele vem fazendo uma carreira respeitável e digna. Interessante observar que foi em pequenas participações que Brad Pitt mostrou o meu talento de forma mais nítida. Nessa safra, podemos destacar os filmes "Os Doze Macacos", que lhe deu sua primeira e merecida indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante; "Babel" e  "Queime Depois de Ler".

Outro faro que o astro tem é entrar em filmes que foram cultuados pelos fãs e que viraram cultura, como "Clube da Luta", "Kalifornia", "Seven - Os Sete Pecados Capitais", "Bastardos Inglórios" e "Entrevista com Vampiros".

Agora Produtor


Michael Fassbender (a esquerda) e a atriz Michael Fassbender ( a direita) 

O filme "12 anos de Escravidão", do diretor inglês Steve McQueen, é um dos fortes candidatos ao Oscar deste ano. O longa é dirigido por um diretor negro, algo incomum na indústria do cinema e mostra, sem adornos, a brutalidade que foi a escravidão nos Estados Unidos. "Levou um século para vermos o impacto do chicote em um corpo nu", escreveu David Thomson da revista New Republlic, sobre as fortes cenas de castigo mostradas no filme, que se baseou no livro do violinista Salomon Northup, negro livre em Saratigam Estados de Nova York, sequestrado e vendido injustamente como escravo na Louisiana.

Michael Fassbender

O ator conta o sofrimento e desumanização que passou como escravo do homem que o comprou, Epps, personagem interpretado pelo ator Michael Fassbender. Entre castigos e humilhações, Northup aprende que a submissão é a melhor forma para continuar vivo. Assim, resolve esconder que é alfabetizado e vai escrevendo suas memórias para não enlouquecer. Recebe carinho da escrava Patsey, vivida de forma comovente pela atriz Michael Fassbender, que certamente irá levar para casa o Oscar por seu desempenho, e a solidariedade do personagem interpretado por Brad Pitt, em uma pequena participação. Além disso, o ator bancou a maior parte do orçamento do filme, cerca de USS 20 milhões, pois viu a necessidade de revelar para o mundo os horrores da escravidão.

Vida Real

Seu casamento com Angelina Jolie não apenas trouxe filhos (adotados e legítimos), como também uma atividade humanitária intensa que, de tempos e tempos, ganha as páginas da mídia. Ele diz que adora viajar pelo mundo para saber como vivemos na Terra e o que precisa ser feito para melhorar a vida das pessoas no planeta.

Brad Pitt como "O Curioso Caso de Benjamin Button"

Certamente, as atividades humanitárias das quais participa e suas viagens ao redor do mundo vêm transformando a visão de Brad Pitt sobre as pessoas. Mas parte dessa mudança veio após o filme "O Curioso Caso de Benjamin Button, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator e revelou uma nova maneira de enxergar a morte, a velhice e a necessidade dos afetos e do amor. Na história, o personagem de Brad nasce com a aparência de um jovem até se tornar um bebê e morrer. "Esse filme, realmente, mudou minha maneira de enxergar determinadas coisas na vida", disse.

Brad ganhou respeito da crítica com filmes como "O Curioso Caso de Benjamin Button", um dos trabalhos mais importantes da carreira do ator. 

Por Amilton Pinheiro
Personagens Inesquecíveis.

Publicado na revista TV Novela