terça-feira, 29 de abril de 2014

Virgínia Lane - A Vedete Do Brasil

Relembre a trajetória de Virgínia Lane, uma das mais importantes figuras do cinema e do teatro nacional

 Virgínia Lane 
1920/1914

 Virgínia Lane em grande forma: com Carmem Miranda,  e no espetáculo "O Viúvo Alegre"

 Virgínia Lane e o presidente Getúlio Vargas

Amante do presidente

Em entrevista à rádio Globo, em 2012, Lane deu uma declaração polêmica afirmando que estava com Getúlio Vargas quando ele foi assassinado, em 1954, contrariando as hipóteses de suicídio do presidente. Virgínia foi casada duas vezes, a primeira em 1952, com Sérgio Kröess, e a segunda em 1970, com Ganio Ganeff, com quem teve a única filha, Marta Santana.  


Participação em novelas

Virgínia Lane serviu de inspiração para a novela "Locomotiva", de 1977; além de contracenar com outras vedetes, como Íris Brussi e Ester Tarcitano, em "Belíssima", exibida em 2005. Em 2007, viveu a ex-vedete Corina, ao lado de Elizabeth Savala e Priscila Fantin, em "Sete Pecados", também exibida pela TV Globo.

Considerada a dona das pernas mais bonitas do Brasil, Virgínia, musa nos anos 1950, colecionou polêmicas ao longo de sua vida. A artista morreu no dia 10 de fevereiro, vítima de falência múltipla de órgão, após uma forte infecção urinária. Lane, que completaria 94 anos no dia 28, faria uma participação na abertura oficial do Carnaval do Rio de Janeiro, na Cinelândia.

Nascida em 1920, no bairro do Estácio, zona norte do Rio de Janeiro, Virgínia Giaccone, como foi batizada, iniciou a vida artística como cantora, aos 15 anos, no programa Garota Bibelô, da rádio Mayrink Veiga.

Ao 18, já vivia o papel de vedete em filmes como "Alô,Alô, Brasil" (1935) e "Alô, Alô, Carnaval"(1936) e, mais tarde, em sucessos como "Laranja da China" (1940), "Carnaval do Fogo"(1949) e "Anjo do Lodo" (1951). Neste último, uma adaptação de "Lucíola", de José de Alencar, Virgínia protagonizou o primeiro nu não frontal do cinema nacional. O título também acabou proibido para a TV.

Projeção

Apesar de ter ingressado na faculdade de Direito, sua paixão pelos palcos fez com que a vedete abandonasse os estudos ainda no primeiro ano. Aos 23 anos, integrou o elenco do Cassino da Urca, onde cantou e dançou à frente de orquestras como a de Carlos Machado, Tommy Dorsey e Benny Goodman. Como cantora, Lane lançou seu primeiro disco em 1946, com a marchinha "Maria Rosa" e o samba "Amei Demais". Dois anos depois, apareceu como vedete na revista Um Milhão de Mulheres, onde daria o principal passo em direção à sua grande projeção nacional. Virgínia contabilizou dezenas de peças de teatro e mais de 30 atuações no cinema. Considerada uma artista completa, também gravou composições próprias, como as músicas "Lanterninhas Multicores" e "Que Palhaço", de 1958.

Por Daniela Pina
Registro 

Publicado na revista TV Novelas

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