segunda-feira, 30 de maio de 2016

Eta Mundo Bom!

Ary Fontoura (Quinzinho), Jeniffer Nascimento (Dita), Dhu Moraes (Manuela), Miguel Romulo (Quincas), Mauro Mendonça (Inácio) e Rosi Campos (Eponina).

Walcyr Carrasco valoriza atores veteranos e arrasa com núcleo 'roceiro' de Eta Mundo Bom!
Algumas vezes bons atores ficam afastados das novelas pela falta de papéis 'adequados' para as suas idades, mesmo já sendo consagrados. Mas, ao que parece, Walcyr Carrasco acertou na fórmula ao unir uma turminha da pesada em um dos núcleos de Eta Mundo Bom!. Apesar de ligados à trama central, os personagens da fazenda D.Pedro II funcionam quase sozinhos. A história foi inspirada no conto do escritor Monteiro Lobato, O Comprador de Fazendas, e arranca boas gargalhadas do público. Entre os veteranos estão Elizabeth Savalla, Ary Fontoura, Flávio Migliaccio, Mauro Mendonça e Rosi Campos.

Muitas trapalhadas

Elizabeth Savalla como Cunegundes

Cunegundes (Elizabeth Savalla)e Quinzinho (Ary Fontoura) tentam, a todo custo, vender suas terras, mas não conseguem. No início da trama, um bon vivant fugindo da polícia se fingiu de comprador e passou bons tempos no local, criando situações bizarras e divertidas, principalmente porque se apaixonou pela caçula do casal. O playboy em questão é Romeo (Klebber Toledo), que tem garantido boas cenas ao lado da revelação Camila Queiroz, que interpreta Mafalda, a filha dos fazendeiros. Elizabeth Savalla vive uma mulher brava e opressora, que tem o apelido de 'Dona Boca de Fogo'. Figura sempre presente nos folhetins de Walcyr, a atriz é muito bem valorizada pelo autor. Para interpretar Cunegundes, a veterana conta que fez um trabalho de prosódia, aliás, todos os atores cujos personagens moram na fazenda passaram pela mesma preparação vocal. Elizabeth confessa que sempre que é convidada por Walcyr Carrasco sabe que pode se entregar totalmente, porque, invariavelmente, tem um papel bem forte e marcante nas mãos.

Amizade antiga


Ary Fontoura como Quinzinho

Eta Mundo Bom! é a sétima parceria de Ary Fontoura com Walcyr Carrasco. E o ator faz também uma ótima dupla com Elizabeth Savalla, com quem já esteve em diversos trabalhos. "O nosso núcleo é de uma família diferente, beira a Família Buscapé, com seus sotaques e maneiras de viver. São bem importantes na trama, principalmente quando eles passam por problemas de dinheiro e os desencontros que criam os conflitos", analisou o ator, que é só elogios a Wancyr Carrasco. "As obras dele têm o objetivo de conduzir o telespectador a sonhar. Ele acredita que o sonho é possível, isso anima as pessoas e é primordial nos dias de hoje", completa Ary.

A solteirona
Rosi Campos como Eponina

Outro destaque da fazenda D.Pedro II fica a cargo de Rosi Campos. Na trama, a atriz arranca risadas e lágrimas como a Eponina, irmã de Quinzinho que vive com toda a família e acaba sendo obrigada a ficar noiva de um fazendeiro que tem um pouquinho de dinheiro, tudo por conta das dívidas e possível falência de seu clã.Porém, o coração da romântica 'moça' bate forte mesmo é por Pancrácio (Marco Nanini), o professor de Filosofia. No passado, os dois tiveram um relacionamento, porém, Eponina perdeu completamente as esperanças quando descobriu que o filósofo está apaixonado pela milionária Anastácia (Eliane Giardini).

Vizinhos companheiros


 Flávio Migliaccio como Josias


Entre os veteranos do núcleo da fazenda ainda estão Flávio Migliaccio e Mauro Mendonça, que sempre aparecem em reuniões de Cunegundes e Quinzinho, dando conselhos para o casal à beira da falência. Na trama, Migliaccio é o veterinário Josias. Com ar de sábio, ensina Mafalda e opina na maneira como os donos da D.Pedro II devem gerir seus negócios.


Mauro Mendonça como Inácio

Já Mendonça não aparece muito em cena, mas tem um papel crucial, pois é Inácio, gerente do banco para o qual os fazendeiros devem muito dinheiro.

Prima de Tia Nastácia

Dhu Moraes como Manoela

Outra personagem que se destaca em cena é Manoela, vivida brilhantemente por Dhu Moraes. A veterana está perfeita no papel da empregada da família de caipiras, que passa um aperto na não da 'Dona Boca de Fogo', mas não abaixa a cabeça para a patroa. E a atriz compara o papel a outro que a tornou famosa na TV: "A Manuela pode ser vista como uma espécie de 'prima' da Tia Nastácia (Sítio do Picapau Amarelo). "Apesar da outra ser tia e morar em um sítio, é diferente. Manuela é ex-escrava e mineira, tem sotaque. Elas são empregadas e moram no interior, são as únicas semelhanças", explica. O trabalho na nova trama das 18h também marca o reencontro de Dhu com Ary Fontoura, colega em sua primeira peça de teatro, Alice no Divino País Maravilhoso, em 1970, e seu parceiro em Caras e Bocas (2009).

Texto: Núcia Ferreira

Publicado na revista TV Brasil n/n 840
Que time!

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