segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Cada Um Do Seu Jeito

 Como na vida real, não faltam pais de todos os tipos na dramaturgia

Domingos Montagner e Gabriel Leoni
Agora é o mês dos pais e não dá para deixar de lembrar que a ficção está cheia deles, seja o bondoso, o simpático, o gatão ou até mesmo aquele mais autoritário. Em Velho Chico, por exemplo, Domingos Montagner está ótimo como o paizão de Olívia (Giullia Buscacio) e Isabel (Raysa Alcântara). E quando descobriu que tinha mais um herdeiro, Miguel (Gabriel Leoni), Santo 'abraçou' o jovem, o levou para morar em sua casa e enfrentou o irmão Bento (Irandhir Santos), que afirmou que não se misturaria com a família do Saruê (Antônio Fagundes). Como Santo, outros pais da dramaturgia mostraram estilo próprio e deixaram saudade no público. Veja!

O Paizão

A Grande Família



 Marieta Severo e Marco Manini
Se houvesse um concurso para eleger o pai mais querido das produções globais, com certeza, Lineu (Marco Nanini) venceria. Ele era o típico brasileiro da classe média: nunca conseguia ser rígido como desejava e acabava 'passando a mão' na cabeça dos filhos acomodados. Bebel (Guta Stresser) era a menina dos olhos do veterinário e causava muitas confusões, que sempre eram relevadas. O amor do paizão era tanto que Lineu até suportava o casamento dela com o folgado Agostinho (Pedro Cardoso) que, muitas vezes, tratava como seu próprio filho. Tuco (Lucio Mauro Filho), o caçula, também não ficava para atrás... O rapaz era um tremendo boa vida, mas Lineu sempre dava um jeitinho de bancar o 'menino'.

O Gatão

Top Model

Nuno Leal Maia
O mais famoso nessa categoria é o inesquecível Gaspar (Nuno Leal Maia) em Top Model. Surfista no fim dos anos 60 e amante dos Beatles, continuava achando que tinha 20 anos. Suas três esposas o abandonaram, largando os filhos Elvis (Marcelo Faria), Jane (Carol Machado), Ringo (Henrique Farias), Olívia (Gabriela Duarte) e Lennon (Igor Lage) com ele. Excelente pai, Gaspar tinha um lado brincalhão e juvenil que encantava as crianças, no entanto, era mais imaturo do que seus rebentos, que viviam lhe dando conselhos, pois seu estilão 'Menino do Rio' lhe trouxe muitos problemas ao longo da trama.

O solteirão

Caras e Bocas


 Marcos Pasquim
Marcos Pasquim sabe bem como é interpretar um pai solteiro. No papel de Denis, na novela Caras e Bocas, ele tinha uma relação muito bacana com Espeto (David Lucas) e criou o menino sozinho, depois de ser abandonado pela mulher, a complicada Lili (Maria Clara Gueiros). O rapaz levava a vida de pai numa boa e se dava muito bem com o herdeiro, que o respeitava muito. E o ator já havia tido a experiência de criar sozinho a filha, Tonica (Klara Castanho) em Morde e Assopra. Como Abner, ficou viúvo e teve a responsabilidade de educar a menina.

Pai 'de coração'

Avenida Brasil


Murilo Benício
Em Avenida Brasil, Tufão (Murilo Benício)não era pai biológico de Ágata (Ana Karolina Lanes), mas se mostrou um pai adotivo amoroso. Além de assumir a paternidade da garota, foi convencido por Carminha (Adriana Esteves) a adotar Jorginho (Cauã Reymond). Sem nem imaginar que o menino era realmente filho da mulher, o ex-jogador do Flamengo criou um laço afetivo com o jovem, que o tratava como um legítimo pai e amigo.

O Linha Dura

Sinhá Moça


Osmar Prado, Patrícia Pillar, Débora Falabella e Lucy Ramos
Se tem um exemplo de pai autoritário este é o Barão de Araruna, interpretado por Osmar Prado, no remake de Sinhá Moça. 'Papai' da jovem professora (papel de Débora Falabella), o coronel achava que podia controlar tudo, inclusive o destino da sua filha. Durante a novela, ele até a deixava estudar, mas queria mesmo arranjar um bom casamento para a moça. Quando sentia que estava perdendo o controle político de Araruna e da filha, o Barão elegeu Rodolfo (Danton Mello) como genro e não escondeu sua intenção de transformá-lo em sucessor. Na primeira versão, o papel foi vivido por Rubens de Falco. 

Texto: Núcia Ferreira

Publicado na revista TV Brasil n/n 855
Data Especial

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