quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Onaldo Queiroga - Caçando Pokémon




um conto-uma crônica

Dias atrás começou a circular nas redes sociais mensagens, em tom de deboche, sobre um jogo intitulado "Pokémon Go". Inicialmente, não entendi o que estava acontecendo, porém, logo depois me situei.

Eita mundo surpreendente. Cada dia uma novidade. Da feira do grotão à feirinha da praia de Tambaú; da cidade de Cabedelo a Cajazeiras; do Oiapoque ao Chui e de São Paulo a Tóquio a febre do momento é esse tal de Polémon Go. Crianças, adolescentes e até adultos passaram a caçar polémons, que são virtuais, evidentemente. Acontece, porém, que o citado jogo utiliza-se de tecnologia de realidade avançada, com uso do google maps que permite que o jogador transite por lugares reais como igrejas, praças, ruas, colégios, dentre outros para caçar os pokémons.

Esse aspecto, vem causando estragos. O fato é que na cidade de São Roque-SP, um adolescente ao caçar Pokémons, distraidamente teve seu celular roubado. Quando jovem eu costumava caçar outras coisas. Inexistia sequer vídeo game, brincávamos de pega bandeira, bola de gude, caçávamos formigas tanajuras.

Por outro lado, fala-se que esse jogo na verdade foi desenvolvido para permitir que a CIA visualize dados geoespaciais, ou seja, ao ser jogado a câmera do celular do jogador visualiza e armazena dados dos espaços físicos por onde ele caminha. Há quem diga que os demais dados do celular estariam sendo capturados também.

Só sei que vieram os vídeos games e agora através de aplicativos, já mais de cem milhões de pessoas baixaram o Pokémon Go. De duas uma, ou existem muitos desocupados nesse planeta, ou, então, o homem está retrocedendo em seu poder de equilíbrio e discernimento para com as coisas deste mundo, pois é visível que essas pessoas não passam de fantoches. Acorda homem. Temos que matar a fome e a miséria deste mundo!

Onaldo Queiroga 
Juiz de Direito

Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 13 de agosto de 2016
Opinião

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