um conto-uma crônica
A vida não admite ensaios, a construímos com inércia e atitudes. Às vezes choramos, sofremos, em outros momentos cantamos e dançamos. Por vezes viramos a cara para nossos semelhantes, fechamos portas e gravamos tristezas no rosto de irmãos, quando seria tão fácil estendermos a mão e edificarmos pontes que nos liguem fraternalmente para um tempo melhor.
Viver é fácil, já conviver há quem diga que é difícil. O certo é que tudo na vida depende muito do humor que circunda as relações humanas. Sou daqueles convictos de que não há tristeza, mas sim ausência da alegria. Não é à toa que William Shakespeare dizia que: "A alegria evita mil males e prolonga a vida". A alegria é remédio vital para uma existência feliz, voltada para um caminhar repleto de perseverança, paz e amor.
A vida é uma subida com muitos desafios. São eles que instigam a coragem e a construção do pensar de que é no martírio que encontramos força para continuar sorrindo, no entender que viver vale a pena e, que, quem traz Deus no coração qualquer tormenta é travessia para confluência com o gáudio.
O certo é que devemos sempre carregar conosco a alegria. Quando alguém conduz no rosto os seus traços, o ambiente torna-se mais leve. Já vi moribundos, que mesmo diante das dores da despedida derradeira, apresentarem no seu existir a sublime face da alegria. Incompreensivelmente, outros, mesmo tendo tudo, mostram-se insatisfeitos por acreditarem que sempre falta algo. Pecam e quando desandam na vida, então, reclamam de Deus.
O fato é que a alegria é filha de Deus, remédio importante para vencermos as esquinas, desertos e percalços que o mundo nos impõe. O homem deve entender que a alegria não reside nas coisas palpáveis, mas sim no seu abstrato mundo interior.
Conduza sua vida com alegria, então, você saberá que não é preciso muito para ser feliz.
Onaldo Queiroga
Juiz de Direito
Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 27 de agosto de 2016
Opinião
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