segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Velhas Roseiras



 Cantinho da paz

Eu já tive milhares de companheiros e colegas.


Dentre eles, fiz centenas de bons amigos.
Mas nem todas as amizades duraram.

Algumas pareciam sólidas como rochas,
mas não resistiram aos tempos
e às circunstâncias. 

Assim sobraram poucos amigos de infância,
pouquíssimos amigos de escola,
poucos amigos de adolescência,
poucos amigos de juventude.

E pensar que a gente brincava todos os dias,
via-se todos os dias e não saia da casa um do outro... 

De repente, outros afetos, outros amigos,
outros interesses, outro tipo de vida,
longos anos de distância e mil preocupações da vida
nos afastaram totalmente.

Agora não sei onde andam e os que vejo aqui e acolá
são amigos de \"Bom dia\"...

Mas nada acontece.

A gente se respeita e se admira, mas a amizade de infância,
de juventude não volta. 

Mudaram eles ou mudei eu?

Ou foi a vida que nos mudou a todos?

Restam algumas amizades fiéis que resistem a tudo... 

O que sei é que fiz muitos amigos
e não conservei aquelas amizades.

De bons amigos que éramos, somos hoje bons conhecidos
que se saúdam de passagem e se respeitam. 

Às vezes nem isso. 

Crescemos e nossa amizade ficou lá no passado.

E eu digo a mim mesmo: 

\"Feliz o homem que sabe cultivar sua roseira!

Talvez não seja tarde... Roseiras velhas também produzem rosas lindas e viçosas.

Basta recultivá-las...\" 

http://www.bilibio.com.br


Brígida Brito
Médica e terapeuta de regressão


Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 27/09/2018
Espaço do Ser

Nenhum comentário:

Postar um comentário